

A religião está em baixa em lugares como a Alemanha, a Holanda e os países escandinavos. Está em alta na África. Onde há muita riqueza, razoavelmente distribuída, e mecanismos de proteção social, a religião vai mal. Onde há muita pobreza e insegurança, concentração de renda e competição desenfreada, a religião vai bem. A força da religião é, portanto, inversamente proporcional ao bem-estar social. Os Estados Unidos são uma exceção no mundo desenvolvido porque são uma nação fundada por fanáticos religiosos.
Mas não somente por causa disso. Eles têm mais concentração de renda, mais pobreza e insegurança social do que países ricos de renda per capita mais baixa que a dos americanos. São também um país intensamente neurótico, em que há uma pressão brutal sobre o indivíduo para que não seja um loser (“perdedor”), mas um winner (“vencedor”). Os índices de violência nos Estados Unidos são incrivelmente mais altos do que na Europa Ocidental, no Canadá, na Austrália, na Nova Zelândia e no Japão, que formam o restante do mundo desenvolvido. Além da criminalidade comum, os Estados Unidos são o país dos serial killers (matadores em série) e dos mass murderers (assassinos em massa – os matadores em série matam um pessoa por vez; os assassinos em massa matam várias pessoas numa mesma ocasião). A importância da religião por lá faz parte desse contexto.
"JÁ PERCEBERAM QUE AS VESTES DO PAPA SÃO DE OURO?"